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G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense

Sobre a escola

Data de Fundação: 19590603

Cores da escola: Verde, branco e ouro

Enredo: Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda

Presidente: Cátia Drumond

Carnavalesco: Leandro Vieira

Sinopse do Enredo

Conto, em meio ao carnaval, que uma cigana chamada Esmeralda deixou por escrito um testamento onde constam os ensinamentos para que os sonhos possam ter compreensão, ou a sina de uma pessoa ser revelada. O fato é que esse testamento foi trazido para o Brasil por um grupo de ciganos que, em caravana e ao redor de fogueiras, espalhou festa, música, circo, dança e a crença popular naquilo que o testamento guardava. Conto-lhes então que esse testamento parou nas minhas mãos como uma espécie de manual mágico para a interpretação dos delírios de quem dorme; das datas felizes e azaradas, das linhas que cruzam a palma da mão para traçar destinos e dos planetas que se movem. Ao lê-lo, desde então, quero a alegria de adormecer nos braços de Morfeu pra colher um sonho bom, tal qual consta nas linhas escritas pela cigana. Sonhar com cisne pra esperar candura. Com rosa encarnada, pra ser feliz sem demora. De olhos fechados, sonhar com urso ou macaco, para que, de olhos abertos, eu possa botar fé no jogo certo. Ganhar na dezena e na centena. Quebrar a banca quando der doze no milhar e, na véspera, em sonho, eu avistar um elefante. Ciente do que diz o testamento, peço apenas que com pressa me acordem caso, em sonho, o vulto de um sultão vier me visitar.

Sei de cor e salteado (e foi lendo o testamento da cigana que eu aprendi) que há dias nos quais o azar se põe a espreitar. Por isso, malandro que sou, piso manso pra não vacilar. Espero aquilo que não se antecipa nem se atrasa. O que é meu – a cigana me contou – tem data e hora marcada pra chegar. Tá escrito na palma da mão que a linha da fortuna vai fazer valer o meu corre-corre pra não deixar a peteca cair. Que a linha da vida é forte e que a linha do amor é fino traço, quase corda bamba, onde é bom se equilibrar com a expectativa de não cair, enquanto espero que pinte aquele sorriso que vai pintar a vida que eu quero (e que todo mundo quer) de rosa.

Sei que tá na palma da mão o que se ganha e se perde. Que tá no céu o tempo bom e o tempo mau. Nos planetas que mudam de lugar. Conto-lhes o segredo que habita o céu desde o tempo dos faraós: quando os astros se movem, quem erra também pode passar a acertar. A vida embolada pode embalar. Quem chora pode então gargalhar. O de cima descer. O de baixo subir. O zodíaco anunciar que a sorte virá, o sol entrar em peixes, o brilho lunar entrar em aquário, o balanço das marés fazer as coisas mudarem, o calendário marcar fevereiro, quem é bamba bombar, a Escola decolar. E é aí que (foi a cigana quem me antecipou) ninguém segura, amarra ou prende quem nasceu com a sina de ter sorte virada pra lua.

 Pesquisa, desenvolvimento e texto: Leandro Vieira.

 

Ficha técnica

Símbolo: Coroa Real

Presidente de Honra Luiz Pacheco Drumond (In Memoriam)

Presidente: Cátia Drumond

Carnavalesco: Leandro Vieira

Diretores de Carnaval: Mauro Amorim e André Bonatte  

Diretor de Harmonia: Thiago Santos

Intérprete: Pitty de Menezes

Mestre da Bateria: Luiz Alberto (Lolo)

Rainha da Bateria: Maria Mariá

1°Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro

2°Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira; Marcos Ferreira e Laryssa Vitória

Coreógrafo da Comissão de Frente: Marcelo Misailidis

Samba de enredo

AUTOR(ES): Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Jorge Goulart, Sílvio Mesquita, Carlinhos Niterói, Bello, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Miguel da Imperatriz, Antônio Crescente, Renne Barbosa e Me Leva  

 

INTÉRPRETE(S): Pitty de Menezes

 

Ê CIGANA, A CARAVANA ESTÁ EM FESTA
TEM FOGUEIRA, DANÇA E SERESTA
NESTA AVENIDA DA ILUSÃO
AO SOM DE VIOLÃO E VIOLINO
O VERSO DA MAIS PURA INSPIRAÇÃO
DESCOBRI SEU TESTAMENTO E FIZ UM MANUAL
SONHEI A VIDA FEITO CARNAVAL
EM DEVANEIOS E MAGIA
CERQUEI POR TODOS OS LADOS,
RISCANDO A FÉ NO TALÃO
APOSTEI NA COROA E NO CORAÇÃO

O DESTINO É TRAÇADO NA PALMA DA MÃO
E A VIDA SE EQUILIBRA EM CADA LINHA
ANDARILHO, SONHADOR
NA CORDA BAMBA DO AMOR
ENCONTREI MINHA RAINHA

OLHEI O CÉU NO INFINITO DA CONSTELAÇÃO
A NOITE, O VÉU, EU VI OS ASTROS NA IMENSIDÃO
FUI SOB A LUZ DAS ESTRELAS
BUSCAR A CERTEZA DA MINHA DIREÇÃO
Ê LUAR DE BALANÇAR MARÉ
MEU CANTAR É UM SINAL DE FÉ
PRENÚNCIO DA SINA DA MINHA ESCOLA
O SOL BEIJA A LUA NO ESPELHO DO MAR
JÁ ESTÁ MARCADO NO MEU CALENDÁRIO
VERDE-ESMERALDA É VITÓRIA QUE VIRÁ

O QUE É MEU É DA CIGANA, O QUE É DELA NÃO É MEU
QUANDO CHEGA FEVEREIRO MEU CAMINHO É TODO SEU

 

VAI CLAREAR… OLHA O POVO CANTANDO NA RUA
A IMPERATRIZ DESFILA COM A SORTE VIRADA PRA LUA

 

Copyright: Editora Musical Escola de Samba Ltda.

Serviços

Sinopse

Alquimia dos Saberes

Ao reconhecer o valor da sabedoria popular,
Se fará cumprir esta profecia…

Nascida da primazia da mística humana, elevação do espírito na plena harmonia do ser. Feito toque de conhecimento: Alquimia! Pedra que incendeia! Encandeia! Aura sagrada e mistério de luz.

Para abrir as portas do futuro: Sabedoria. Elo da razão e do misticismo. Segredo dos segredos. Do obscuro à claridade, um santo e alquimistas reunidos. Coisas dos homens, seus laboratórios, invenções e rituais abençoados pelo divino.

Que em tantas-folhas transmuta: Lunário! Aos reinos e províncias um perpétuo guia. Forjado nas trevas da consciência humana, perseguido e proibido. Renascido! À luz da ciência, com um toque de ocultismo e feitiçaria. Conhecimento ou bruxaria? Na mítica popular, um pouco de tudo, do tangível e do sobrenatural. Mistério do sopro da vida. “Quintessência” celestial supralunar. Que atravessa o tempo, imortal…

A Gênese do Saber Popular Brasileiro

Ao navegar por um mar de mistérios, espelho cristalino que serpenteia o mundo, infinito como o próprio saber. E nesse vai e vem o lunário é testemunha da história, clandestino, entre lusitanos esfarrapados ou nobres de fino trato.

Páginas que se misturaram à memória dos saberes originários e dos pretos acorrentados por esta pátria-mãe, nem sempre gentil. Bugiganga. Quinquilharia. Tesouro achado, trocado, herdado ou vendido.

Artefato da gênese do “ser-Brasil” que viu a secura castigar o sertão e o sol arder feito chama de candeeiro. Viu gente que não acaba mais batendo perna e levantando poeira. Fugindo da fome, da sede e da miséria. Retirante, severina, sina.

Amenizador do castigo! Predizendo: A sua natureza é de luta! Na fala dos místicos, o milagre bendito dos profetas anunciadores da chuva. Contemplação dos sinais! O doce beijo da abelha na florada da jurema e o joão-de-barro, passarinho, fazendo seu ninho. A formiga e o cupim mover os pedaços dessa terra. São José aliviar a aflição! E assim…

Presságio dos Astros

Vendo o homem simples olhar para o céu foi possível entender que nele existem outros ensinamentos. Tá na boca do povo: Procure por Manoel! É o “Caboclo” afortunado que decifrou as estrelas. Sabedoria matuta aprimorada com a velha literatura formando um novo arcabouço do conhecimento.

Foi aí que o céu de Juazeiro do Norte traçou destinos e o “juízo do ano” foi apregoado em folhetos. Devaneios astrológicos fundindo oralidade e escrita. Sortilégio na raiz da palavra, previsão geral:

“No Litoral, no agreste ou no sertão
O inverno mediano já nos traz
Relâmpagos e chuvas desiguais,
Dando lucros a uns, a outros não
É feliz quem cuidar da plantação,
Sol e Júpiter governando traz enredo:
Todo rico sofrendo muito medo
E o pobre passando precisão”

Presciência ou alucinação renovando o prognóstico feito almanaque zodiacal. Quem diria! Numerologia e oniromancia. Na palma da mão calejada da lida: Quiromancia! Saberes da roda dos signos e adivinhações na “Casa dos Horóscopos”.

Marcado em tinta, a matriz do saber. Nos tacos riscados com buril estão os personagens destas e de outras bandas do interior. Tá nas praças, feiras e enfeitam o varal de cordel: Magias da boa sorte, bons auspícios, amores e o bem viver. Tudo isso abençoado pelo Padim Ciço e os arcanos astrais. Imagine só…

A Cura do Corpo e da Alma

Que ao se enraizar com outro tanto de gente vai ensinar a cuidar do corpo e da alma! Misturando as coisas do tempo dos antigos e a sabedoria do fundo do quintal. Tome nota, não perca a receita!

Combatendo a pestilência trazida pelas pragas quem sufocam, onde demora a chegar a academia, quem acode é o saber popular. Coisa boa para fazer o bem, bálsamo contra os malefícios. Descarrega tudo que há de ruim! Auxílio para quem precisa! Caridade dos pobres de dinheiro, mas, ricos em candura! Tem benzedor, erveira, parteira. Tem jeito para tudo!

Crença de cada um, acalanto compartilhado com todos. Tem erva de muitos nomes, santo de casa e altar de oração. Semente que germina para virar banho, garrafada e defumação. Raiz forte e folha verde para curar onde dói. É ensinança do velho livreto, é a simplicidade do viver. É infalível. Abraço generoso, basta ter um bocado de fé. É bonito de se ver…

Armorial dos Folguedos Populares

Quando o lunário de saberes seculares se torna inspiração. Suassuna! É chegada a hora, Ariano! Do movimento se fazer armorial!

Recriar a arte de um país vivo para o povo se manifestar com ares de fidalguia. Onde bailam os folguedos, porta-estandarte da cultura, vossas majestades são artistas da mais alta nobreza. Reis e rainhas guardados pelos bons vaqueiros. Chapéu de couro, gibão e o alazão de companhia.

Rabecas e violinos irão anunciar! O encantamento da cavalhada, cavalo-marinho, bumba-meu-boi, maracatu e o pastoril. Misturar o marimbau e as notas musicais regendo orquestra e quinteto. Apaixonante romançal brasileiro da viola portuguesa enluarada pela viola sertaneja.

Flâmulas e brasões. A pintura, a música e a literatura. Reinará nos corações o “rei degolado nas caatingas do sertão” e na “Pedra do Reino” estará o trono da sua volta e ascensão. Domínios de caetana, o próprio sol inclemente. Onde se escreve com ferro quente, Caetana é onça brava, visão alada do porvir. Contações do inesquecível menestrel que vão…

O Lunário Perpétuo de Um Brincante

Misturando outras histórias para se contar, cantar e dançar com um brincante que cria o seu próprio lunário a partir das vivências e o saberes nordestinos. É o saber transpassando o tempo!

Ao palco do velho Marquês, onde desfilam os sonhos do povo, virão os versadores, cordelistas e repentistas herdeiros de Louro do Pajeú. Junta toda essa gente, de São Gonçalo e do nordeste, no coração festivo do Rio de Janeiro para celebrar os devaneios de Antônio Nóbrega!

Com as bênçãos da mãe de Deus! Ave-maria, estrela brilhante, guia do peregrino e honesta flor. É Pernambuco falando para o mundo: A nossa voz é sabedoria que ninguém cala!

Que viaja em delírio e aventurança! A bordo da nau “catarineta” com a sua marujada navegante ou voando com Tonheta e seu “foguete brasileiro”. Tem romance desse Brasil de misturas e questionamentos, tem lanceiros do maracatu rural com suas lantejoulas coloridas, lanças e cocares de pena a duelar. Fascínio, odisseia e sentimento nas grandes veredas do sertão.

É meu povo artista, é da rua, é do mundo. De tudo um pouco a rodar nesse “Carrossel do Destino” onde estão os versos que o poeta escreveu, as cantigas que cantou, cinco ou seis coisas que sabe e outras tantas que ele esqueceu.

Ciranda da vida que vai girando em gerações sem ter fim. Vai tangendo a boiada das suas ideias que se eternizam nas “lágrimas de um folião” e nos sorrisos da meninada que vai escrever o futuro desse país ainda mais genial e plural!

No esperançar de um novo tempo é assim que o lunário perpetua sua missão. Feito livreto ou almanaque transformando pessoas. Curando e se manifestando em forma de arte. Ultrapassando séculos e agora predestinando ao povo mais saber em forma de Carnaval. E então…

“Na magia das cores, no rufar dos tambores”,
“Outra vez o tigre mostra as garras na avenida”,
E faz cumprir esta profecia,
Ao reconhecer o valor da sabedoria popular!

A melhor revista do carnaval
do Rio de Janeiro!

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